Isto de a malta se relacionar uns com os
outros tem o seu “quê”! Até porque somos muitos!
Às vezes somos poucos e tem mais “quês”
que o previsto!
E às vezes somos dois e ainda tem mais “quês”
que o previsto do previsto!
Então pá coisa correr bem, a solução é
eliminar os “quês” que inquietam a relação!
Uma relação pode ser assim uma coisa como:
- Eu sou tu e tu és eu!
Eu gosto de estar na boa, então, tu que és eu, também gostas de estar na boa!
Como eu e tu gostamos de estar na boa e
temos uma relação, então a nossa relação também tem que estar na boa, para nós
estarmos na boa!
Posto isto é fácil concluir que uma
relação para estar na boa, tem que ser acarinhada, bem tratada, alimentada e
cuidada, todos os dias e todas as noites, com fins-de semana, feriados e dias santos
de guarda incluídos!
O alimento e os cuidados a ter são gratuitos. Só
é preciso estar atento ao outro e manifestar essa atenção de variadíssimas
formas: -num piscar d’olho, -dar um toque, -num olhar, - num abraço, -no
diálogo, -num beijo, - na partilha de conversas e tarefas, -no saudar, - em saber
ouvir, -no respeito, - no respeitar opções, -em confiar, -em valorizar, - em aplaudir
ao sucesso do outro, - num sms, - numa msg, num email, - no dizer obrigado(a), - no dizer por favor … e outras cenas da imaginação de cada um. Não falei em perdoar nem desculpar
porque é sinal que uma das partes já fez merda.
Uma relação é um projecto comum, portanto, os intervenientes devem estar atentos aos intervenientes, e saberem agir na altura e no momento adequado, de modo a harmonizar
a paz da relação e dos intervenientes.
Numa relação é preciso saber negociar tensões, nervos miudinhos e graudinhos, conflitos, vontades, birras, enxaquecas, quereres, afetos, carinhos, jantares, prazeres… é um todo
comum aos intervenientes!
E um bom negócio é quando ambas as
partes ficam satisfeitas!
Os berros, as carbalhadas
e os foscasses, o desprezo, os amuos e o virar as costas, o “eu é que sei”, e a
teimosia … não são, provavelmente, factores bons para negociar o que quer que
seja.
Temos depois o dia-a-dia de cada
um e as rotinas. Não há muito a dizer, faz parte da negociação dos
intervenientes na relação.
Azar é quando o dia-a-dia foi lixado para todos os intervenientes e, não deve haver muita vontade nem pachorra para negociar.
Aí, o melhor, penso eu, é o silêncio, um
copito e dar um tempinho!...
Alguém vai perguntar alguma coisa!
Alguém vai perguntar alguma coisa!
Saber ouvir e evitar comparações
pessoais nestes momentos é melhor que falar!
Quer dizer, ouve um de cada vez!
Se ninguém perguntar nada, é porque o “negócio”
pode estar em processo de insolvência e a relação é mais uma ralação.
As rotinas são umas malandras. São
aquelas coisas chatas, repetitivas, que se não existirem também não existe
relação, porque tudo, quase tudo é uma rotina, só que umas rotinas são
porreiras e agradam, outras são uma chatice e já não agradam.
Ora se conseguirmos dar um pouco de
originalidade e criatividade às rotinas, embora não deixando de serem rotinas,
ficamos rotinados a gerir melhor as rotinas.
Claro está que isto é tudo muito lindo
mas tem que haver graveto para ajudar ao “negócio” e para que as rotinas sejam um bom
investimento.
Uma relação não tem que ser uma ralação!
Caso seja, então:
“Quartel-general em Abrantes amigos como
dantes”.
Ou não!
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