O perigo de ir a Fátima a pé

...mas é mesmo por aqui o caminho para Fátima?

Ir a Fátima a pé é uma arriscada e perigosa manifestação de fé.

Os Caminhos para Fátima, são as estradas rodoviárias, onde circulam todos os tipos de veículos, ligeiros e pesados, sem sinalização para atalhos ou para outros caminhos menos perigosos. Além destes perigos, não existe qualquer apoio institucional para alojamento e confecção das refeições, os peregrinos têm de recorrer a particulares, pensões, restaurantes ou hotéis, aumentando os custos do caminho.

O meia bota, bota e meia sugere

Com os donativos dos peregrinos, a exemplo do que foi feito para a Igreja da Santíssima Trindade, criar um fundo gerido pelo Santuário de Fátima e em colaboração com as dioceses, paróquias, autarquias, associações particulares e outros:

Criar uma rede de caminhos menos perigosos e devidamente sinalizados.

Nos locais urbanos, onde existem centros paroquiais e sociais, com boa vontade e poucos custos, poder-se-iam criar condições aos peregrinos para confeccionar uma comida, tomar um banho e descansar, contribuindo estes com donativos que custeassem as despesas.

Com as autoridades motivar e incentivar os peregrinos a utilizar estes caminhos.

Promover estes caminhos.

E não estamos a inventar nada, só queríamos que fosse um bocadinho como nos  Caminhos de Santiago.


...uma história do meia bota, bota e meia

Estávamos a chegar a Santiago de Compostela, vindos de Valença, quando um peregrino que aparentava para aí uns 65/70 anos, cabelo branco, mochila às costas, bastão e uns mapas na mão, perguntou-nos, em Francês, o caminho para Fátima, explicamos-lhe que tinha de seguir as setas azuis até ao Porto e depois que fosse perguntando, e que fosse seguindo a EN1
Ele seguiu o seu caminho, nós seguimos o nosso a lamentar as dificuldades que ele ia ter até chegar a Fátima e a diferença entre o interesse Espanhol e o interesse Português na promoção e incentivo aos caminhos peregrinos...

o meia bota bota e meia colabora

Neste contexto e como já sentimos o que acabamos de dizer em relação aos caminhos peregrinos de Portugal e de Espanha, delineamos um caminho para Fátima a partir de Aveiro, menos perigoso que os habituais e com alguns percursos realizados em plena natureza. Não está marcado, embora já lá deixámos algumas setas azuis... é o nosso contributo para as pegadas peregrinas que venham a seguir...


Agora a sério, porque até aqui foi a brincar!...

Senhores Bispos, Padres e Autarcas, pensem nisso. 
Pensem mas façam!
Os peregrinos da Igreja da Santíssima Trindade, os seguintes e os que hão-de vir... agradecem...

4 comentários:

Anónimo disse...

Muito conveniente este artigo.Era bom que fosse lido por muita gente, talvez a ideia chegasse a quem manda. Enquanto nada se faz deixo a sugestão de enviar o artigo para as entidades com poder para tal. Bem haja

Zé Pereira disse...

Por favor não deixem morrer as setas azuis.
Fiz o caminho Aveiro Fátima e foi muito bom (a coisa esteve um pouco complicada para encontrar as setas foi em Pombal a seguir à Compal).

Anónimo disse...

Uma ideia excelente, para além do acréscimo de segurança, tem um enorme potencial económico!

Anónimo disse...

Venho falando á muito nos Caminhos para Fátima e tirando as IPSS espalhads por too o lado falei sempre nas casas dos cantoneiros e as estações ferroviárias ambas abandonadas, responsabilizando as autarquias, pois as autoridades não basta colacor uns mecos de plastico na estrada e não deixar lá um agente da autoridade, é para isso que são pagos.