7 caminhos num caminho
Um caminho simpático, sempre igual e
sempre diferente!
Caminhamos com pessoas diferentes e nas
diferenças de cada um vivemos mais que um caminho!
Faltou-nos a Daniela que daria o
número mágico de 7 pessoas a caminho de Santiago.
7 é perfeito!
Em Pontevedra acolhemos o Daniel,
porque ele se encantou, sabe-se lá com que, naturalmente por se sentir bem acolhido.
Assim passámos a ter o Daniel em vez da Daniela.
Cinquenta por cento do grupo preferia a Daniela sem margem para qualquer dúvida.
Mas pronto, tudo pelo 7, venha lá o Basco!
Assim passámos a ter o Daniel em vez da Daniela.
Cinquenta por cento do grupo preferia a Daniela sem margem para qualquer dúvida.
Mas pronto, tudo pelo 7, venha lá o Basco!
Daniel é de San Sebastian, caminhava
sozinho pelo avô que tinha falecido. Veio lá do país Basco manifestar o seu
amor pelo avô. O amor manifesta-se, reveste-se, revela-se, de tantas formas e
conteúdos que o podemos utilizar, sem receios, às pazadas. Como diz santo
Agostinho: “Ama
e faz o que quiseres.”
Interpelou-me
o caminho do Daniel!
Mas continuo
a achar que, mesmo assim, era preferível a Daniela.
Vivi
momentos muito bons, penso que como todos. Além daqueles visíveis ao olho, à vista desarmada e armada, há os outros, aqueles que cada um guardará para si
porque faz parte do seu caminho...
Caminhamos na
noite com a lua. Esta foi sempre a crescer! Tal como nós, no nosso caminho!
Gosto de
caminhar na noite com a lua!
Gosto de
caminhar no dia com o sol e verificar, sempre que possível, a pressão das botas, com os bares
necessários para as manter a uma pressão constante. Evitamos assim acidentes por falta de pressão. Há estações de
serviço adequadas às características de cada sola.
Continuo a pensar que era preferível a Daniela ao Basco.
Fizemos duas
etapas em uma para sermos compensados com uma noite em Santiago.
Chegámos ao
fim da tarde.
Abraços,
abraços, abraços, abraços, abraços, abraços, abraços e lágrimas que se soltaram
nos abraços, e nas emoções libertadas na sala mais acolhedora e espiritual que conheço, o Obradoiro.
Sentámos-nos no
meio da sala e viajámos!....
Partilhamos: palavras perras; lágrimas e soluços da alma; o pão e a cerveja (não havia vinho), e, em comunhão, estivemos n' Ele, connosco, com os peregrinos, e com outros.
Ainda
entupido com esta panóplia de afetos e emoções e ouço um abraço aos “gritos”:
Zéééééé!!!!
O Bernardo!
O Amigo Bernardo!
Companheiro destas vidas e amigo ás mais de vinte anos.
Que abraço!
Em Santiago,
naquela sala cheia de tudo, acontecem coisas fantásticas!
Mas temos que lá ir, temos que lá estar, para acontecerem!
Com as
mochilas mais leves, participámos na celebração do
peregrino às 19:30 (prefiro a das 12:00) e fomos presenteados com uma vigília para
e com peregrinos. Não participei, fui com o Paulo vigiar outras vigílias e
tratar do albergue.
Ninguém me
tira da ideia que tinha sido melhor a Daniela que o Basco!
Cai a noite em Santiago!
Saltámos
para a noite… demos saltinhos e um carimbo em Paris. Passado um nadinha saltámos
com o sol para a oficina do peregrino, levantamos a compostelana com direito a
bota-fumeiro e o Abraço ao Tiago.
Com muitas fitas pelo meio lá selamos a amizade com o Daniel.
Ruas de Santiago e um comboio de regresso ao caminho!
Obrigado Tiago!
Mas tinha sido melhor Daniela ao Basco!
2 comentários:
ESPETACULAR!!!
Como eu gostava de ter sido o sétimo elemento...
Beijos GRANDES para todos!
:)
Deve ser fabuloso mas e preciso muita coragem
Felicidades
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