Paixões


As paixões são cenas fantásticas e intensas, até um bocadinho antes de pifarem.
Pronto, depois parece que caiu o mundo, nada faz sentido, dá-se ca cabeça nas paredes, come-se pastéis de nata sem conta, faz-se o pino várias vezes ao dia, e tudo o que der na real gana para minimizar os estragos…
Cá para mim as paixões não acabam, podem ficar latentes, adormecidas, a hibernar, mas a essência está lá. É eterna!
Já sofri muito. Muiiiiito! É o que vos digo!
Entreguei a alma, o coração, a voz, e sei lá mais o quê... fiquei sem nada. E a correspondência, se algumas vezes era boa, a maioria das vezes era uma desgraça.
Uma tristeza atroz! Cabeça no chão e lá ia eu, nem sei para onde mas ia…
Viajei apinhado, empastelado, nos odores dos sovacos do metro.
Comia qualquer coisa, a correr, para chegar antes da hora marcada. Que expectativa, que emoção o encontro.
E a maior parte das vezes uma desilusão a despedida.
Com os amigos afogava as mágoas na cerveja. Tanta mágoa, tanta cerveja. Obrigado Amigos!
Não comia por causa do tal nó que tinha aqui!
Não desistia. Mais um encontro. Mais um metro de sovacos. Mais uma desilusão. Mais cerveja.
Caminhava sozinho ao longo e no silencio da noite. Dormia mal. O dia seguinte era horrível.
Escrevi, li.
Hoje?
Continuo apaixonado!

1 comentário:

Anónimo disse...

Mesmo muito, muito bom.
As melhoras