Arte

A arte, à minha dimensão, é aquilo que os meus olhos me dizem.
Às vezes dizem coisas, que entendo, outras vezes faço o pino para tentar entender o que me querem dizer. É como sou!

Já comentei por várias vezes com amigos e amigas que: “Se um paralelepípedo comprido, de granito, daqueles que suportam as latadas da vinha na região do norte, que vale o que vale por ser de granito e pela sua função, tivesse a assinatura, por ex: do Cargaleiro, cum catano, era uma escultura granítica riquíssima, esplendorosa e com um valor incalculável.

E se por acaso esse paralelepípedo comprido de granito assinado pelo Cargaleiro, estivesse a suportar a vinha que deu vinho verde de qualidade duvidosa, esse vinho verde, ui, era um vinho magnifico de região demarcada e com um valor incalculável no mercado.”

Uns debitam arte por metro quadrado. Outros deambulam por aí a consumir arte por metro quadrado. Uns e outros é como se fossem granitos compridos com assinaturas. Uns são umas personagens simpáticas com tiques de arte. Outros olham a arte em várias latitudes e longitudes, tiram ângulos e azimutes, veem coisas que não veem e tentam explicar o que não conseguem explicar.

Mas como se sentem felizes, e como andamos cá para sermos felizes, então viva a arte, seja ela como for aos olhos de cada um.

Agora não ma enfiem pelos olhos dentro, porque tão perto não a consigo ver.

Uma reflexão açoriana com arte e humor.