50 aninhos

No dia em que eu fiz 50 anos

Houve musica e foguetes no ar

O champanhe correu à farta

E a malta não parou de brindar

A charanga saiu à rua

Com a alegria que costumava ter

Cantando os 50 anos

Venha outro brinde por vos agradecer

Olarila, fiz 50 anos (cinquenta anos por extenso, porque é importante), meio século a laurear, por aqui, por ali, por acolá, por acoli e, como meio século é meio século, não podia deixar de passar em branco, nem em preto, nem a preto e branco, a oportunidade de celebrar 50 primaveras, 50 outonos, 50 invernos e 50 verões de um caminho colorido.

Assim sendo e como festa é festa, iniciei por minha conta e risco os festejos antes 3 dias (tipo festa cigana) do dia D. Iniciei os festejos com um grupo de arrotadores (Grupo Arrota), no restaurante “Homem do Leme”, uma celebração unipessoal, pois não fazia sentido divulgar e celebrar uma coisa que ainda não tinha acontecido, mas para mim já era festa! Cheguei a casa, muito giro!

Continuei a celebração unipessoal, em segredo de justiça, na Taberna João Caçola, com outros amigos. Estava em alta, a ficar giro e bota a ir para a Praça do Peixe ao encontro do Alex.

Ao chegar à praça do peixe, que vejo eu: Cum catano! O Coro da Vera Cruz, o Bispo de Aveiro, o Pároco da Vera Cruz, a Vereadora da Cultura da Câmara de Aveiro e uma assistência considerável que batia palmas. Fiquei emocionado e sem palavras com aquela surpresa, não esperava aquilo, que diacho, são 50 anos, mas não era preciso tanta coisa!... Até estava embarracado!

Entretanto chegou o Alex e disse que aquilo era um concerto ao menino Jesus enquadrado nas festas do Natal!

-Ahhhhhhhhhhhhhh! “Prontus” não se fala mais nisso! Toca a ir concertar pó Plaza e às 00:01 horas do dia 12, toca a celebrar o meio século com brindes e com amigos e amigas que apareciam de todos os cantos, (combinanços) telefonemas internacionais, da Roménia, nacionais, das Cardadeiras, esseemeesses… ganda festarola! Transição para o Bodegas (um bar paroquiano) para mais um concerto com brindes!

Uma sopradela no balão para prevenção na condução pedestre e cheguei a casa, muito mais giro que no dia anterior, com um autocolante na lapela que dizia “Vais de Boleia”! Muiiiiito liiiiiindo, o autocolante!

                                     charanga da alegria                                                                  cumplicidade e imprensa                         

Segunda parte (diurna) do dia 12 de Dezembro de 2010

Um almocinho familiar com requinte, carinho, brindes, parabéns, uma prendinha soberba (um brindómetro pedestre) e a primeira sesta com 50 aninhos.

Qual quê, antes de fechar o segundo olho, uma estrondosa e melodiosa sanfona musical, com cantares (pareciam as janeiras) alusivos ao momento. Outro cum catano! Ca ganda surpresa! É mais um daqueles momentos, únicos, na minha vida. Felizmente sou um gajo com muitos momentos únicos!

Eles aí estavam, o “compacto representativo” de um universo de amigos e amigas, que passaram por mim e eu por eles!...

De uma forma melodiosamente barulhenta, a charanga da alegria, das emoções, dos troféus e do fogo de artificio (houve mesmo) mostrou-me o caminho percorrido.

                                                                           partilha de brindes

A cereja no topo do “copo” é a cumplicidade permanente da Neka, companheira dum quarto de século, cumplice do "crime" (às escondidas), do Filipe e do Francisco, que, com os amigos dão sentido à festa da vida!

Vale a pena investir na família, nos amigos e nas pessoas, é seguro e tem retorno garantido!

Obrigado, muito obrigado!

                          bi-bota d'ouro                                                 brindómetro d'ouro                                            quadro d'honra

não disse que houve fogo de artificio!

Já estou em pulgas para a festa dos 100 anos!