Passagem de ano

A passagem de ano



A passagem do ano, é um evento festejado por todos os povos e culturas, com calendários anuais. Ou seja, a malta cá do planeta, celebra o fim e o principio de um ciclo, com muito barulho, gandas beijocas, gandas abraços, fogo de artificio, tradições, sorrisos e a cambalear no sentido contrário ao ponteiro dos relógios.


Mas para chegarmos aqui, a este estado de euforia e excitação, além de umas cervejolas, tintos e mirtilos, foi preciso muita observação, estudo e investigação. Lá, "no muito antigamente", o relógio era uma batata e o que contava era a lua e o sol, os nossos antecedentes da borga, andavam, então, de nariz empinado a observar a lua e sol.
De tanto empinarem o nariz, começaram a aparecer tendinites e torcicolos, irritados e todos empenados, decidiram que uma boa opção, para acabar com o empinanço do nariz no ar, seriam uns calendáriozecos.

Então os observadores da noite, que passavam a vida com a cervejinha e o mirtilo na mão, a ver estrelas e a observar a lua, criaram os calendários lunares. Os observadores do dia, que se deitavam com as galinhas e acordavam com os galos, a observar o sol, a comer café e torradas, criaram os calendários solares. Os engenheiros criaram os painéis solares.

Portanto, nesses tempos, a festança da passagem de ano estava condicionada ás condições meteorológicas. Caso o céu estivesse nublado, azar! Iam  todos e todas, com a garrafinha do espumoso mais as passas, para casa, porque não havia nem lua nem sol que se visse, para celebrar a passagem do ciclo.

Para evitar este desconforto e mau estar, até porque haviam despesas feitas para o reveillon, o imperador Júlio César, mais uns amigalhaços, à mesa, pois, tinha que ser à mesa, com base no calendário solar (dispensaram o lunar) criaram o calendário Juliano, (era para ser "Cesariano" mas para não ser confundido com "Cesariana" ficou Juliano), onde festa do ano novo passaria a ser a um de Janeiro, por causa do deus Janus.

Mais tarde o Papa Gregório XIII, também mais uns amigalhaços, do clero, muito católicos, à mesa, pois, também tinha que ser à mesa, aperfeiçoou (deu uns toques) a este calendário dando origem ao calendário Gregoriano, (ele queria era um calendário com o seu nome) ratificando o primeiro dia de Janeiro para a celebração da festa do ano novo, e que prevalece nos nossos dias.

Outros povos com outras culturas, temperamentos e feitios, mantêm os seus calendários e outras datas para a festa da passagem do ciclo. E tá certo! Cada um como cada qual. Cada cabeça sua sentença. Na terra do bom viver faz o que vires fazer. O que interessa é o brinde e o espumoso, se é em janeiro ou em marte, ou em jupiter, ou na gafanha, não interesa nada, vamos é brindar! 

A Evolução dos Calendários
Partindo destes calendários o Lunar e o Solar desenvolveram-se:

O calendário Romano - O calendário romano foi estabelecido por Rómulo em 753 a.C. tinha 10 meses e 304 dias (não o Rómulo, mas o calendário). Não sei que raio de contas é que o homem fez pa só dar 304 dias, deve ter sido depois do almoço!

O Calendário Juliano - O Julio César, em 46 a.C., fixou o 1 de janeiro como o Dia do Ano Novo, sem referendos ou consultas populares, sem confusões ou complicações, o moço queria borga, era o maior, e ponto final. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, (em latim Janus) um deus romano, o porteiro celeste, que deu assim origem ao nome do mês de Janeiro. Com estas mudanças, o calendário juliano passou a ter doze meses que somavam 365 dias.

O calendário Gregoriano - O calendário juliano teve as suas ultimas alteraçõeszecas em 1582, pelo Papa Gregório XIII, (tinha que meter o bedelho, pois claro) dando origem ao calendário Gregoriano, que considera o ano de nascimento de Cristo o marco inicial para a contagem do tempo, ano um. Este calendário foi adoptado progressivamente por diversos países ocidentais. É o que vigora hoje, embora hajam países que se orientam por outros (seus) calendários. (Birrices e feitios.)
O Caledário Lavouriano - Um calendário igual ao Gregoriano, com 365 dias e às vezes 366 dias, designados por Borda d'Agua e Seringador, orientam os homens da lavoura (agricultores), nas sementeiras, nas colheitas, na meteorologia, nas anedotas e em outras curiosidades, são também um bom motivo de leitura para a retrete.


O Calendário Oficiniano e Barbeariano - Também com 365(6) dias e doze meses, como o Gregoriano e Juliano, muito utilizado em oficinas de bicicletas e motorizadas, nas cabines dos camionistas e em barbearias. Calendários atraentes e coloridos baseados na anatomia humana, na inovação e tecnologia. Estes calendários não passam de ano, são vitalícios, ano após ano, continuam na parede, carregadinhos de pó, encurrilhados, mas com os dias e os meses perfeitamente visiveis.
Brindem e façam da vida uma passagem, em festa! Pelo menos tentem!

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