O Natal

Natal

Do latim 'natális', deriva do verbo 'nascor, nascéris, natus sum, nasci', significa nascer, ser posto no mundo. Como adjectivo, significa também o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa.

Inicialmente, a Igreja Católica não comemorava o Natal. Foi em meados do século IV d.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento.

Uma das explicações para a escolha do dia 25 de Dezembro como sendo o dia de Natal, prende-se com facto de esta data coincidir com a Saturnália dos romanos, com as festas germânicas e célticas do Solstício de Inverno. Sendo todas estas festividades pagãs, a Igreja  viu aqui uma oportunidade de cristianizar a data, colocando em segundo plano a sua conotação pagã. Algumas zonas optaram por festejar o acontecimento em 6 de Janeiro, contudo, gradualmente esta data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos e não ao nascimento de Jesus Cristo.

Indepentemente da data, para nós, cristãos, o Natal é sempre mais que uma arvore, uma prenda ou uma visita do pai natal. A celebração do nascimento de Jesus é o principio de um caminho, em comunhão, que nos leva ao Pai.

Para outros, o "Natal" é um caminho de partilha, de familia, de encontro, de busca e de promoção da paz... tão importante como o Natal.

Presépio

A palavra “presépio” significa “um lugar onde se recolhe o gado, curral, estábulo”. Contudo, esta também é a designação dada à representação artística do nascimento do Menino Jesus num estábulo, acompanhado pela Virgem Maria, S. José, uma vaca e um jumento, por vezes acrescenta-se outras figuras como pastores, ovelhas, anjos, os reis magos, entre outros.

No século XIII, ano de 1223, São Francisco de Assis decidiu celebrar a missa da véspera de Natal com os cidadãos de Assis de forma diferente. Esta missa, em vez de ser celebrada no interior de uma igreja, foi celebrada numa gruta, que se situava na floresta de Greccio (ou Grécio), perto da cidade. S. Francisco transportou para essa gruta um boi e um burro reais e feno, para além disto também colocou na gruta as imagens do Menino Jesus, da Virgem Maria e de S. José. Com isto, o Santo pretendeu tornar mais acessível e clara a celebração do Natal. No século XVIII, a recriação da cena do nascimento de Jesus estava completamente inserida nas tradições de Nápoles e da Península Ibérica.
Este acontecimento faz com que muitas vezes S. Francisco seja visto como o criador dos presépios. Os primeiros presépios surgiram em Itália, no século XVI, o seu surgimento foi motivado por 2 tipos de representações do nascimento de Cristo: a plástica e a teatral.

A representação plástica, situa-se no final do século IV, esta surgiu com Santa Helena, mãe do Imperador Constantino.A representação teatral, é do século XIII, com São Francisco de Assis.


A Arvore de Natal

A tradição da Árvore de Natal tem raízes muito mais longínquas do que o Natal.
Os romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, deus da agricultura. Os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casa como símbolo de triunfo da vida sobre a morte. Nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades. Festevidade que ocorriam sempre por esta altura do ano. (Dezembro)
Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século VII, pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). A primeira referência a uma “Árvore de Natal” surgiu no século XVI e foi nesta altura que ela se vulgarizou na Europa Central.

Diz-se que foi Lutero (1483-1546), após um passeio, pela floresta no Inverno, numa noite de céu limpo e de estrelas brilhantes trouxe essa imagem à família sob a forma de Árvore de Natal, com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado assim no dia do nascimento do Menino Jesus.

O costume começou a enraizar-se. Na Alemanha, as famílias, ricas e pobres, decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel. No inicio do séc XVII foi importada para a Inglaterra pelos monarcas de Hannover e a tradição consolidou-se com a Rainha Vitória e Alberto, no Natal de 1846.

Nos países de tradição católica, como Portugal, a tradição da arvore de Natal foi surgindo pouco a pouco ao lado dos presépios.

Que todos sintam a magia do Natal!

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