Caminho Santiago - Finisterra 2009



  • Convosco até ao fim do mundo

  • 20 a 24 Julho 2009.

  • Missão: Salvar o "Pelaneta" Azul.

  • O Hino da Missão (clika e ouve a profundidade das palavras)

Com a missão de encontrar o “pelaneta azul” e cumprir a espiritualidade nos rituais de um caminho que segue o percurso do Sol, de Oriente para Ocidente, temos: “Uma aventura dos Rebentos d’Oliveira no fim do mundo”


reunião magna dos rebentinhos em santiago

Os Rebentos d’Oliveira

  • Paulo, tem sempre tudo, tira 1500 fotos p/min, gosta de rir, fala espanhiol, é o informático do grupo.

  • Ana, amicíssima dos caracóis e das codornizes, bonita, educada, sempre com fruta, é a nutricionista do grupo.

  • , acompanha o Alex nos imaginários do balcão, manda uns bitaites pó ar, é o moderador do grupo.

  • Maria, nortenha, bonita, simpática, estuda os taninos, aventureira, é a “enóloga” do grupo.

  • Alex, não come fruta, muitas ideias e imaginários, el criador do xupito blanco no grupo, é o estratega do grupo.

  • Benu, gosta de lesmas e de cantar à chuva, sonha com táxis e autocarros, é o relações públicas do grupo.
Carro de Apoio


Consegues fazer os caminhos de Santiago sem carro de apoio? Consigo, mas não é a mesma coisa.

carro d'apoio
Filosofia no caminho

  • O vinho nivela as pessoas. (do estratega)

  • Como vocês precisam de vinho eu preciso de fruta. (da nutricionista)
Fotos e Diálogos
Coisas do dia e da noite
20.07.2009 – Segunda – feira – Santiago / Negreira
Chegamos cedinho a Santiago. Demos um abraço ao Amigo, carimbamos a credencial na oficina do peregrino, definimos a estratégia para encontrar o “pelaneta azul”, juntamos as botas e partimos.

  • Concluímos que A Ponte da Maceira é única no Mundo. E as paisagens também.

  • A nossa nutricionista conseguiu que todos comêssemos fruta, inclusive o estratega do grupo (não comia fruta à 2 anos).

  • O dono do café, um galego puro, após partir uma garrafa de xupito blanco casero, olha-nos, mira-nos e diz: -Vocês, peregrinos???????!!!!!!!!! AHAHAHAH!!!!!! Pronto, tá bem, de nada valia contrariá-lo, venha mais um xupito. Ainda bem que as meninas não assistiram a isto.

  • Albergue cheio fomos para o Hotel Tamara.


comunhão de botas

paisagem única no mundo. a ponte atrás da menina também
21.07.2009 – Terça – feira – Negreira / Picota

  • Dores nas costas do relações públicas: -Ai,ai,ai,ai,ai,ai não posso ir com vocês. Doem-me as costas, vou de táxi ou autocarro. A sério ai,ai,ai,ai,ai,ai, passei muito mal a noite… - Ok. Nós estamos lá em baixo.

  • Encontramos o Gilbert, um bretão, caminhava à 1500 km. Uma referencia para o nosso (meu) futuro.

  • O Paulo passou a ser Pablo e a falar espanhiol fluente para reservar quartos na Casa Jurjo, na Picota. Na Picota tínhamos piscinas gratuitas mas como estávamos todos encharcadinhos até aos ossos já nem foi preciso ir às piscinas. Pó ano é melhor ir no verão.

  • Casa Jurjo na Picota, recomendamos. Pessoas simpáticas e muito hospitaleiros. Gracias.

  • Aqui descobrimos o dominó pneumático, cada peça que ia para a mesa era cada estoiro TÁ.TÁ.TÁ.TÁ. que se ouvia na rua.
gilbert, o bretão, os caminhos não teem idade

xupitos blancos com chuva e frio fazem-nos ver arco iris
22.07.2009 – Quarta-feira – Picota / Cee

  • Ai,ai,ai,ai,ai,ai não posso ir com vocês. Doem-me as costas, vou de táxi ou autocarro. A sério ai,ai,ai,ai,ai,ai, passei muito mal a noite….tou a falar a sério…. - Ok. Nós estamos lá em baixo.

  • Visitamos o albergue de Oliveiroa, agora com um bar e muito estimado. É mesmo bonito.

  • Em Hospital o estratega do grupo fez café à moda antiga, com lenha e os púcaros, depois á que esperar porque os púcaros tão quentes comó piiiiiiiiiiiiiii... modernices.

  • De Hospital a Cee é um percurso muito agradável, bom de fazer e se não chovesse a tarde toda ainda era mais bonito. Pó ano é melhor ir no verão.

  • Ao chegar a Cee, na curvinha após a descida e com muita chuvinha, está um bar que nos aqueceu a alma e a vista.

  • Albergue não há. A protecção civil disponibiliza instalações, mas como queríamos convívio fomos para um hotel Insua, barato, no centro de Cee.

  • Na belíssima noite chuvosa de Cee, após o jantar, procurávamos um bar, nisto o estratega do grupo, olha em frente e diz: - vamos ali perguntar aqueles. E fomos, eram duas estatuetas… a chuva dificulta a visão depois de jantar...

  • Encontrado o Bar, Rodin, olá Carina, o estratega e o informático numa acção bonita de solidariedade peregrina, ajudaram a Carina a fechar o bar, varrendo e limpando o chão. De seguida a Carina deu-nos boleia para o Palacin, outro um bar mui agradábel.

  • Chegados ao hotel o estratega avisou o relações publicas que de manhã escusava de dizer ai.ai.ai.ai.ai.ai.ai.ai. bastava dizer ai, que me dói as costas e pronto.
albergue de olveiroa, um encanto


agora imaginem a que temperatura estava o pucaro pa beber o café...

bar rodin, aceita serviço voluntário para limpezas, ora vejam os dois à porta
23.07.2009 – Quinta-feira – Cee / Finisterra

  • Ai, que me doem as costas, vou de táxi ou autocarro, a sério. - Ok. Nós estamos lá em baixo.

  • Não choveu, que festa, saímos perto das 11. Entramos em Finisterra pela praia da Langosteira, fomos receber a Finisterrana, deixar as coisas num albergue privado, o publico estava cheio, e partimos para cumprir o ritual dos antepassados.

  • O banho nas águas, ver o por do sol (este tinha muitas nuvens), queimar as roupas. (foram só meias, ca vida custa a todos) e, lá no fim do mundo, deixamo-nos embarcar nas pedras com história e nas aguas atlânticas, a viver e interiorizar o momento de estarmos, juntos, no fim do caminho e a descobrirmos o nosso pelaneta azul…

  • Regressamos noite dentro ao centro de fisterra. Assamos a chouriça que era para o primeiro dia. Foi a noite de glória do Informático. Assar uma chouriça num local público no fim do mundo.
0 km - no fim do mundo

o ritual da queima da roupa no fim do mundo


eles não sabem escrever farol


24.07.2009 – Sexta-feira – Santiago / Noite em Santiago

  • Continuamos o nosso caminho na participação da missa do peregrino e na continuação do encontro com Ele, é este mistério, que nos alimenta o caminho, a vida e a relação com o outro... e, como peregrinos, no final da celebração, fomos tratados pelo celebrante por rebentos de oliveira…

  • Ficamos a saborear as ruas e os peregrinos que chegavam a Santiago, muitos, todos diferentes e todos com o mesmo sentido, abraços, sorrisos, lágrimas com cores e cobertas de emoções dos caminhos de Santiago. Praça do Obradoiro completamente cheia de alegria, de sorrisos, de luz e de encontros... À noitinha voltamos a descobrir o "pelaneta terra" junto de São Tiago.


tão aconchegadinhos com risinhos à espera da missinha


praça do obradoiro para nos receber com o pelaneta azul

o pelaneta azul


a magia dos caminhos de São Tiago

Agora do lado de cá, depois do regresso.


  • As boas coisas da vida são assim... Mais importante que os registos físicos, são os registo da nossa memoria que se perpetua num caminho interior e alimenta as nossas relações com a vida. Que este bom momento, com “vinho e maçãs”, continue connosco nos nossos caminhos. zé rebento d'oliveira

  • Não tenho palavras para descrever estes dias, este caminho... A todos os rebentos d'oliveira o meu obrigado por cada passo lado a lado, pelos bons momentos de humor, pelos bons momentos de partilha, pelos rituais, pelos imensos brindes... ... Não vale a pena descrever cada momento, como dizíamos, chegou a um ponto em que só estando lá para perceber ou dizendo: vais e experimenta o caminho! Que sensação fantástica! (Se calhar é do vinho!!!) Sou muito gajo, convosco, para ir a qualquer outro lado do mundo! Porque, ao fim... já fomos!!! alex rebento d’oliveira

  • sabe mesmo bem sentir os pés bem acima do chão depois dum caminho assim... mais um caminho indizível a guardar e gerar força para os que sempre surgem... da próxima vez espero passar dos 3 mini 'golinhos' de licor do bom: é fantástico partilhar sorrisos, gafes, caminho (e muita fruta!) mais vezes, com vocês. Ana rebento d’oliveira

  • Caminante no hay camino / Solo hay caminos en el mar / Caminante no hay camino / Lo haces a andar /

  • Paso a paso / Gesto a gesto / Todo pasa, todo es / Tu vez es pasar / Pasar abriendo caminos /

  • Caminante / Tienes apenas tu margen / Para andar /
Este caminho já o abrimos todos juntos... Foi um privilégio fazê-lo convosco. Maria rebento d’oliveira





  • Obrigado pela paciência, pelo companheirismo, pela festa e pelo apoio nem a chuva, o frio, o sono ou umas voltas no intestino nos derrubaram Já sinto saudades Paulo rebento d’oliveira





  • Ai,ai,ai,ai,ai,ai não posso escrever. Doem-me as costas, depois mando um sms de táxi ou de autocarro. A sério ai,ai,ai,ai,ai,ai, passei muito mal ….tou a falar a sério…. Benu rebento d’oliveira




  • ...e prontos para partir!..

    3 comentários:

    João P. Tavares disse...

    Não consigo parar de rir...
    Não consigo conter a lágrima de saudade...
    Nem consigo deixar de sonhar acordado os momentos...

    Que felicidade trouxe esta nova família e esta volta pelo Pelaneta Azul.

    João ou Paulo ou Pablo Rebento d'Olveira

    PS1: "Consegues fazer os caminhos de Santiago sem carro de apoio? Consigo, mas não é a mesma coisa"
    PS2: A chouriça assada pode ficar para amanhã...

    Anónimo disse...

    Excelente resumo!
    Apesar de difícil de explicar a quem não foi, a quem não esteve nos momentos, penso que consegue transmitir o espírito, o ambiente, a magia...
    BRINDE! BRINDE! BRINDE!

    A.C. - o estratega

    Isabel disse...

    Adorei, principalmente o carro de apoio...