Eu gosto muito das férias. As minhas férias foram, um bocadinho em Julho e um bocadão em Agosto. Em Agosto vamos todos de férias. Uma coisa que eu gosto nas férias é estar de férias. Nas férias andei de carro, visitei cidades e vilas, a que mais gostei foi a de Guimarães, onde nasceu D. Afonso Henriques, uns dizem que não, mas para mim foi e foi o nosso primeiro rei.
Andei também a pé, mais uns amigos, até ao fim do mundo, bebi cerveja, apanhei chuva, vi um arco íris, fui à praia, bebi bagacinhos, molhei os pés em saint jacin, brinquei com os meninos, dei beijos e abraços, ajudei os outros, dormi nas pousadas da juventude, fiquei mais jovem, ressonei, dizem, eu não ouvi nada, engarrafei vinho, vi televisão, fui às piscinas.
Aiiiii as piscinas!... Tão lindas que são as piscinas, li que os políticos e os amigos dos políticos, da minha cidade, andaram a brincar às piscinas, foi assim:
Uns tinham umas piscinas, mas não eram deles, eram da cidade, e venderam-nas a outros, que passaram um cheque de brincar, tipo notas do jogo do monopólio, depois estes venderam a uma empresa, com muito nível, as piscinas que eram da cidade, mas estes passaram um cheque a sério, no final ficaram todos muito contentes, até porque isto aconteceu às tantas da manhã com notário privado e tudo, no final uns tem piscinas, outros um cheque a sério, e os representantes da cidade, nem piscinas nem tusto.
São tão giros e engraçados, lindos de morrer, todos a brincar e chapinar, são pessoas muito cultas e altruístas, sempre preocupados com os outros e com os bens de todos, são uma referencia nacional, deviam ser certificados, com aquele carimbo que vimos nos carros, para podermos exportá-los e aumentar o PIB do país.
Mas também li que políticos de outras cidades, como não teem piscinas para brincar arranjam outras coisas, também e sempre para o bem do país. São uns xuxus. E quem lê, sabe mais.
Pronto foram assim as minhas férias. Eu gostei muito das minhas férias.
Andei também a pé, mais uns amigos, até ao fim do mundo, bebi cerveja, apanhei chuva, vi um arco íris, fui à praia, bebi bagacinhos, molhei os pés em saint jacin, brinquei com os meninos, dei beijos e abraços, ajudei os outros, dormi nas pousadas da juventude, fiquei mais jovem, ressonei, dizem, eu não ouvi nada, engarrafei vinho, vi televisão, fui às piscinas.
Aiiiii as piscinas!... Tão lindas que são as piscinas, li que os políticos e os amigos dos políticos, da minha cidade, andaram a brincar às piscinas, foi assim:
Uns tinham umas piscinas, mas não eram deles, eram da cidade, e venderam-nas a outros, que passaram um cheque de brincar, tipo notas do jogo do monopólio, depois estes venderam a uma empresa, com muito nível, as piscinas que eram da cidade, mas estes passaram um cheque a sério, no final ficaram todos muito contentes, até porque isto aconteceu às tantas da manhã com notário privado e tudo, no final uns tem piscinas, outros um cheque a sério, e os representantes da cidade, nem piscinas nem tusto.
São tão giros e engraçados, lindos de morrer, todos a brincar e chapinar, são pessoas muito cultas e altruístas, sempre preocupados com os outros e com os bens de todos, são uma referencia nacional, deviam ser certificados, com aquele carimbo que vimos nos carros, para podermos exportá-los e aumentar o PIB do país.
Mas também li que políticos de outras cidades, como não teem piscinas para brincar arranjam outras coisas, também e sempre para o bem do país. São uns xuxus. E quem lê, sabe mais.
Pronto foram assim as minhas férias. Eu gostei muito das minhas férias.
A pedido de vários contribuintes, cidadãos anónimos, crianças, empresários, metalúrgicos, carpinteiros, estudantes, professores e outros o meiabotabotaemeia está de regresso e regressar é viver, com o prazer de continuar por aqui à espera de ti e mais não di.
O regresso ao trabalho
Lembro-me do tempo da escola primária, agora 1º ciclo, em que todos os anos, no primeiro dia de aulas, fazíamos uma redacção sobre as nossas férias. Se entregássemos a do ano anterior a professora nem dava por isso, era um ritual académico e porreiro para manter a malta calada, depois dizia que podíamos fazer uns desenhos para ficar mais bonito e enriquecido. Tretas a prof também estava era angustiada por terem acabado as férias.
Hoje, no regresso ao trabalho mantêm-se o ritual mas de forma oral.
Primeiro dia de trabalho o chefe abeira-se de nós e vem a perguntinha aparvalhada.
-Então já cá estás?
Reparem, esta a olhar para nós, a cumprimentar-nos e a perguntar se estamos ali. Só mesmo de chefe, e, de seguida, não contente com aquela perguntinha vem a outra:
- Então, correram bem as férias?
Como que, se estivesse a trabalhar, a cumprir horários, a ouvi-lo, a vestir a roupinha do regulamento empresarial, a calçar o sapatinho de couro, fosse melhor que estar em qualquer lugar, com qualquer coisa vestida, descalço, sem fazer a ponta dum corno.
Mas o pior vem a seguir, a perguntinha que ele queria fazer em primeiro lugar:
- Então e onde foste, onde estiveste?
O chefe não está muito preocupado com os sítios por onde estivemos, ou o que fizemos, quer é comparar os gostos e o poder de compra de ser chefe com os, como se diz agora, colaboradores.
Aí, um gajo enche o peito de ar e sem falar em lugares, descreve o ambiente, as águas límpidas, as paisagens, a gastronomia, os passeios culturais e históricos, um tempo magnifico e começamos a notar a impaciência do chefe… arranja de imediato um assunto importante para resolver deixa-nos em paz.
Aí, um gajo enche o peito de ar e sem falar em lugares, descreve o ambiente, as águas límpidas, as paisagens, a gastronomia, os passeios culturais e históricos, um tempo magnifico e começamos a notar a impaciência do chefe… arranja de imediato um assunto importante para resolver deixa-nos em paz.
Em descanso e sem o chefe por perto, só vai aparecer no dia seguinte, vamos como na escola primária, cumprir o ritual do primeiro dia: ver os mails e conversar com a rapaziada sobre os sítios onde estivemos e o que gozamos.
Viva as férias sem chefes.
3 comentários:
Então? Já cá estás?
Pois é grande Zé, também estou com um problema grave: Voltar ao trabalho e a mais uma época de "lufa lufa"...
Enfim, dizem que há uma espécie de depressão e eu concordo!
Um abraço.
Zézinho, só agora é que li as redacções sobre as tuas férias, que maravilha...fiquei a pensar que eras a pessoa ideal para me arranjares uma piscina,é que até agora, nadar, é só na "tacinha". Apesar de saber onde foste passar as férias esta redacção está divinal...olha eu tive com um empenado!!!!
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