Caminho Aveiro - Fátima 2008


  • Caminho: Aveiro - Fátima

  • Período: 1, 2, 3, 4 Maio 2008

  • Local Saída: Sé de Aveiro

  • Peregrinos - 18 + 7

  • o joão paulo, a cristina, o romão + a ana + o sérgio, a paula, a dores + a lara + a marta + a catarina, o zé, o ulisses, a dina, o bernardo + a ana, o andré, o joão pedro e a isabel.

  • Apoio dos pópós (transferencia dos sacos no final do dia)
  • 1º dia - Aveiro / Cantanhede - emilia + sara
  • 2º dia - Cantanhede / Soure - bruno + jeep
  • 3º dia - Soure / Barracão - fátima + claudia
  • 4º dia - Barracão / Fátima - antonio + manela
    Antes de partir
    Como manda a tradição oral, uns foram dizendo aos outros, os outros disseram que sim aos uns e como o transporte é gratuito houve logo uma grande adesão em realizarmos o caminho de Fátima, a pé. O Francisco criou um logotipo alusivo ao caminho, preparamos um encontro, que foi mais um encontrinho (eramos poucos) e acabamos em "mini"...(há quem acabe em alta)
    O João, o Zé e o Ulisses foram analisar, observar e experimentar o caminho (isto tá muito cientifico) para que todos saibam onde estão os semáforos...
    Dia 19. Abr. 2008, foi o segundo encontro, para acertarmos o que estiva desacertado... Foi mais um encontrinho e acabou cedinho, conversamos um pouquinho, decidimos umas coisinhas e pronto foi tudo muito inho....
    Dia 27. Abr. 2008 pa ver em que estado estavam as botas fomos até à Praia da Barra, a pé, com partida do café Ria às 08h00 da manhã...
    Fomos bem e viemos melhor ... conversamos, caminhamos, caminhamos, conversamos e acertamos o que faltava acertar para que no dia um de maio estivesse tudo a postos para zarpar até à Cova de Iria.
    MOMENTOS DO E NO CAMINHO
    Os outros peregrinos
    Os outros peregrinos, (familia, amigos, pessoas do caminho), que nos acolheram e estiveram sempre presentes a incentivar-nos para o passo seguinte, foram parte integrante do sucesso das nossas intenções. A todos bem hajam.
    Os peregrinos que foram
    "Bem aventurado és, peregrino, se descobres que um passo atrás para ajudar o outro vale mais que cem à frente sem olhar para o lado."
    Foi este o sentido de todos e todos entenderam que mais importante que vencer a distancia, era estarmos em comunhão connosco e com os outros...
    da Ana: Poucos dias passaram desde o fim desta maravilhosa caminhada, mas a verdade é que eu também sinto saudades de todos...
    Agradeço a Deus ter-me proporcionado a vivência desta experiência de vida junto de pessoas tão fantásticas que nunca mais irei esquecer...
    do André:...eu não tenho o dom de expressar os meus sentimentos por palavras, mas quero aproveitar para vos dizer que estou com saudades de todos...
    do Sérgio: ... aproveito para agradecer a todos, sem excepção, a compreensão, a camaradagem, o apoio e acima de tudo o grande ambiente de amizade que criaram naquela magnifica caminhada.
    da Ana Chorão: Gostava ainda de agradecer a oportunidade de ter sentido convosco o caminho exterior e interior que aqueles dias permitiram, que para mim parecem sempre ter sido ontem ainda.... gostei muito muito de toda a experiência partilhada, dos caminhos alternativos pelo meio da natureza, da vossa imensa energia, optimismo e vivacidade, da alegria dos momentos, dos sorrisos e histórias contadas, da preocupação e disponibilidade permanentes para apoiar e ajudar em toda e qualquer altura, da força incrível das vossas palavras... e muito muito também do chegar em conjunto! As memórias gravadas no blogue deixam mesmo imensas saudades...
    Espaço espiritual
    Uns com os pés, outros com o olhar, outros com o espirito, outros com o sorrir, outros com as mãos, outros com a fala, outros com o silencio, outros com... o que quer que fosse, e, depende do caminho de cada um, tiveram espaço e serenidade para olhar quem nos chama...
    Marcação do caminho
    "Ir a Fátima a pé é uma arriscada manifestação de fé". Era. Idealizamos um caminho de Aveiro a Fátima mais seguro e com menos riscos. (ver biblioteca-maio). Fomos marcando este caminho, com setas azuis. Não tá todo marcado porque pelos campos é dificil, mas dá para lá chegar e para o ano havemos de continuar.
    O inicio de cada dia (pequeno almoço)
    No café á boa maneira lusitana (tudo a falar ao mesmo tempo) e com boa disposição:
    - 1/2 de leite morna, eu quero sem espuma, eu quero clarinha, eu quero mais escura, tem adoçante?, olhe tá muito quente, não pode..., eu quero quentinha...pra mim um galão...
    e ainda faltam os pães com manteiga e/ou fiambre, os bolos, alguns sumos (poucos) e o café.
    O pequeno almoço era uma eternidade, chego a pensar que faziam aquilo só para não começarem a caminhar....
    O fim de cada etapa
    No final de cada etapa começavamos a ver, em muitos de nós, "um andar novo", aquele andar em que o corpo foge das dores... chegados aos alojamentos e após o banho retemperador (aquilo transformava-se numa enfermaria), cada um tratava das suas mazelas e ajudava a tratar das mazelas dos outros, era assim: ...tens pensos compeed? ...desses tambem tenho quero é dos pequenos.... tenho aqui estes... que comprimidos tens aí? ...eh pá tenho estes muito bons... alguém tem pomada?... eh ganda bolha!...tás a furá-la? ... deviam arranjar um penso compeed tipo meia... eu não quero furar a bolha... eu faço-o sem doer... não quero...pronto tá bem... o que me lixa é o joelho... a mim é aqui esta articulação... toma isto que os jogadores tomam antes dos jogos e faz bem...
    A grade das minis e das águas
    Saímos de Aveiro á boa maneira lusitana (atraso de 20 m) perfeitamente recuperável nas muitas horas que tinhamos pela frente. Depois do almoço em Mamarrosa, em tempo de descanso, conhecemos o primo do Quaresma e o sócio, trabalhadores na area da sucata. Após uns momentos de boa conversa o primo prometeu que nos levava uma grade de minis durante o caminho. E pronto partimos sem dar grande importância ao que foi dito. Passados uns Kms aparecem eles com uma grade de minis e águas, abençoados sejam, tava calor, aquelas minis cairam que nem minis... confraternizamos um pouco e continuamos o caminho. Bem hajam pelo gesto e apoio... Chegamos a Cantanhede onde fomos muito bem acolhidos nos BVC, o nosso muito obrigado e bem hajam. Uma palavrinha para a D. Paula, foi quem nos recebeu e nos fez um caldinho verde que ainda hoje me lembro dele. Bem haja.
    Os campos do Mondego a Soure
    No segundo dia entramos nos campos do Mondego e seguimos o rio Arunca até Soure, continuamos depois até Pombal também pelos campos. Num ambiente natural com imensa vegetação e água, deslumbramo-nos com os tons de verde e o silêncio do caminho, interrompido pelos sons das aves ou por uma aula do benur... A chegada a Soure é deslumbrante, fresca e acolhedora. Soure, antigo poiso de D. Afonso Henriques (segundo a senhora do kiosque) é uma vila simpática e acolhedora. Na Pensão a Viela, fomos muito bem recebidos, bem haja Sr. António. Tratamos das bolhas e articulações, reconfortamos o estomago e a alma e pela manhã távamos finos e aptos para mais um dia.
    Os Parabens à Dina
    Interessante fazer anos durante uma peregrinação, quando podia estar confortávelmente instalada com os amigos e familia, num outro qualquer sitio. Assim antes de iniciarmos a etapa do dia, numa praça de Soure, às 7h30m, cantámos e fotografámos o momento... para mais tarde recordar.
    O Têgêvê, o Inter cidades e o Regional
    Como somos todos diferentes e todos iguais, até no caminhar, e, de modo a que todos pudessem desenvolver em plenitude as suas capacidades pedestres, decidimos que haveriam tres grupos designados por tegeve, intercidades e regional e cada um apanhava o comboio conforme o seu horario previsto para chegar ao destino. Caso o regional se atrasasse muito, o tegeve deveria guardar a comida par quando este chegasse. No Regional não havia stresses, chegava passado 30 a 45 mimutos do tegeve, com a vantagem de quando em vez abastecer... para descansar...
    O Almoço em Pombal
    O regional chegou com 45 minutos de atraso ao restaurante marcado no quartel BVP, fomos bem acolhidos, bem haja D. (não me lembro o nome). Almoçamos bem, muito bem, aliás tão bem que o regional aumentou a atraso pós da frente, mesmo sem caminhar e para encontrar a linha da saída de Pombal foi um problema... mas lá saíu, no meio de muita risota... no ar pairava a pergunta: - O vinho verde não é do norte? É!!!... então porque é que está aqui em Pombal?...
    A festa d'anos
    Após a chegada ao "lindo e paradisiaco lugar do Barracão" dirigimo-nos ao "Jardim do Peluche", espaço residencial de peregrinos, onde após os habituais cuidados de higiene e efermagem, saímos para jantar. Bem cheirosos e de roupa lavada fomos celebrar os anos da Dina. Uma ementa soberba, febras com batatas fritas e tres mosquinhas fritas... (foi pena as moscas não chegaram para todos...) Cantámos "os parabens" e fomos presenteados com um magnifico bolo e champanhe, que as amigas da aniversariante tiveram o prazer de levar de Aveiro e Leiria até ao Barracão. Dos que ficaram à porta do Jardim a conversar e a beber uma tacinha de "champágne", foram várias vezes interrompidos e mandados calar, através do telemovel, pelos peregrinos que descansavam e não compreendiam nossa missão no exterior...
    A Subida
    O Monte de Santa Catarina da Serra é assim uma espécie de ultimo obstáculo para chegar á Mãe... após um café e uma natinha na Caranguejeira, passo a passo, passinho a passinho, conquistamos o monte. Com muitos outros peregrinos, que apareciam de todo o lado, sentia-se uma energia e um ambiente dinamico, de uma fé autentica de quem acredita e/ou procura algo... À chegada à Igreja de Santa Catarina da Serra já se sentia o cheiro à cera...tava quase...era já ali...Vários familiares já nos esperavam e todos fomos brindados com uma sentida salva de palmas... Agora, todos juntos, fomos até Fátima, onde almoçamos com mais familiares que nos aguardavam... um almoço irrequieto e nervoso porque aproximava-se o momento do encontro, da união, da comunhão... do que nos trouxera ali...
    O Encontro
    ...tá com cada um e com quem o chamou ali...
    Bem hajam... Até Já.

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