Simbolos do Peregrino

A vieira (concha)

Concha é o símbolo por excelência do peregrino. Serve qualquer uma e pode ser pendurada em qualquer lugar mas o mais comum é vê-las penduradas nas mochilas dos peregrinos que vão a pé ou nas bagagens dos peregrinos de bicicleta. Segundo as informações colhidas, a mesma significa protecção e busca de conhecimento e devemos devolve-la ao mar depois de termos feito o caminho, o que significa que o nosso caminho só estará completo quando chegarmos a Finisterra, segundo alguns!!!.... Assim agradecemos pela protecção e dizemos que o conhecimento adquirido não é nosso mas sim de todos, e que o disponibilizamos a todos. Não faltarão peregrinos que perguntarão porque as conchas (vieiras) têm tanto significado jacobeu. Muitas lendas, histórias e anedotas se contam.
Uma versão está ligada à chegada do corpo de Tiago trazido pelos seus discípulos Teodoro e Atanásio num barco sem leme nem vela, guiados por um anjo à Vila de Arosa na actual Galicia. No ano de 1532 apareceu a primeira narração sobre um suposto milagre que havia originado esse antiquíssimo costume. “Um príncipe vinha cavalgando e partindo de terras longínquas com o único objectivo de conhecer e orar frente a tumba do Apostolo Santiago quando sofreu um ataque de uma serpente. O seu cavalo começou a corcovar e pondo-se a galope correu com a sua montaria em direcção ao mar. O animal arrojou-se à água com o seu cavaleiro, o príncipe a ponto de afogar encomendou sua alma a Santiago. Minutos depois, seu corpo emergiu das águas totalmente coberto de conchas de vieira. A partir desse momento os peregrinos a Santiago se identificaram com as conchas marinhas.

A origem verdadeira, e mais lógica, parece derivar-se do facto que os peregrinos que regressavam de Finisterra – fim do mundo conhecido naquela época – deviam mostrar aos seus familiares e amigos, alguma prova ou símbolo que testemunhasse terem cumprido com êxito a sua peregrinação até Compostela.
O mar era um grande desconhecido dos europeus, habitantes da parte central, como eles sabiam que o Santo Sepulcro de Santiago estava perto da costa, nada mais justo que os peregrinos, ao regressarem a casa, levassem uma concha como recordação e testemunho da sua peregrinação. Daí o costume de colherem uma concha junto ao mar, onde iam depois de terem orado junto a tumba do Apostolo.
Dessa aventura marítima, nasce o mito que fez das conchas de vieira um dos símbolos dos peregrinos a Santiago de Compostela. É assim que desde a Idade Média, a concha de vieira, posta no peito, se tornou a marca inequívoca que permitia o acesso às hospedarias.
A Cruz de TAU

O Tau é uma cruz com a forma da letra grega TAU (T). Além de ser um símbolo protector e Bíblico é a última letra do alfabeto hebraico e a 19ª do grego, derivado dos Fenícios e correspondente ao "T" em Português. O Tau é a mais antiga grafia em forma de cruz e significa: Verdade, Palavra, Luz, Poder e Força da mente direccionada para um grande bem.
O Tau, é a convergência das duas linhas: verticalidade e horizontalidade, significam o encontro entre o Céu e a Terra. O Divino e Humano. Em 1215 o Papa Inocêncio III prega um novo símbolo cristão e São Francisco, estando presente nessa reunião, assume o Tau como símbolo de sua Ordem Religiosa, a Ordem dos Frades Menores. Santa Clara, quando tratava dos doentes e enfermos com a imposição do TAU, invocava a Deus que curasse aqueles que padeciam e sofriam.
Cruz de Santiago

A ‘Cruz de Santiago’ é o simbolo da Ordem Militar e Religiosa de Santiago, fundada no ano de 1160, no reino de leão, por 12 Cavaleiros no reinado de D. Fernando II, para defender os peregrinos que iam ao sepulcro do Apostolo Santiago em Compostela, fazendo o Caminho de Santiago a fim de receber o jubileu atravesando a Porta Santa da Catedral de Santiago como está descrito noCódice Calixtino.
A Cabaça. O Cajado ou Vara ou Bastão


A cabaça era (e pode ser) usada para transporte de água ou vinho, hoje utilizamos o cantil ou as garrafas plásticas, por serem mais práticas e leves, assim a cabaça passou a ser mais um simbolo.
Embora hajam muitos peregrinos que não utilizam este instrumento do caminho, além de ser um simbolo, pode ser de grande utilidade, embora hoje se utilizem umas modernices, levezinhas, mas sem a maoir parte das utilidade e funções que descrevemos, vejamos então:´
  • Usada como vara de saltos serve para atravessar cursos de água
  • Pode servir para puxar alguém que caiu a um rio ou poço;
  • Colocada aos ombros de dois peregrinos serve para transportar qualquer coisa, dividindo o peso pelos dois;
  • Com uma peça de roupa atada e agitando-se no ar serve para chamar a atenção ao longe;
  • Quando alguém se magoa num tornozelo, serve como muleta;
  • Serve para medir a profundidade de ribeiros, lagos ou tanques;
  • Segura com as duas mãos em cima das nádegas e por baixo da mochila, ajuda a aliviar o peso desta nas costas;S
  • erve de apoio, equlibrio e marcação de ritmo ao peregrino;
  • Com uma manta ou roupas, servem para improvisar uma maca de transporte de feridos ou material;
  • Como defesa contra ataques de animais;
  • Com um canivete ou caneta podemos registar na vara acontecimentos e importantes...

2 comentários:

Unknown disse...

http://dm-thedungeon.blogspot.com/2010/02/usos-e-origens-da-cruz.html

Anónimo disse...

Manuel cuando tenga tiempo te anoto 2 leyendas mas del milagro de las conchas la del juego medieval del forcado y la del mismisimo santiago ascendiendo en su caballo blanco en las costas del finisterre.... NOTA: La orden de Santiago fue en su raiz : "La orden de los freires de la espada" en la frontera de portugal con caceres y salamanca . "ruinas de Santi Espiritu" minas de Oro acuya conquista suben al bierzo y reexplotan las de las medulas leonesas y forman la orden de "Santiago" En cuanto al bordón, era una lanza desmochada, 2 codos por encima del hombro,terminada en punta fina de hierro la parte que apoya al suelo. Hay que usar el bordón con ambas manos , hay que cambiarlo de vez en cuando para que no sufra la cadera.